Naquele dia, era pouco
o ar que se respirava
nas veias. Um limite de vozes,
sobejo freático de cores e de cifras,
recortava microscópicas raízes
de cordel. Um limite, o cheiro
dos anos. Por vezes,
eram as velas, estanques e verticais,
que articulavam gestos e sinapses.
Eram estas as letras, o ritmo seco
rasgando e quebrando a frescura
do papel. Sem a mágoa do orvalho,
renovava as simetrias do tempo
nas prateleiras e nas paredes
que gemiam a água da tua pele,
as cinzas que se libertavam do meu lápis.
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