quinta-feira, 3 de março de 2011

é provável que ela venha daqui a pouco. o dia foi um tecto azul celeste quase em quebranto: não é por aí que ela costuma entrar? até lá deleito-me, nas simetrias gélidas do corpo. as mãos pelos pés. dois braços (vazios, em fuga). entendo-me na longitude glaciar da cintura. tepidamente, chega ela. arfa mansa, debaixo dos lençóis, as suas mãos crescendo dentro das minhas. erguida em ganas de violino, borda-me a almofada com fio de prata. as suas mãos lembrando-me das minhas. e isto, só gente avulsa é que entende.   

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