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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Não diria que sou cega.
Antes me emudecem as mãos,
a sua filigrana bolorenta
do centésimo domingo.

São hóstias,
partidas em ricochete,
miosótis ou mariposas,
o que me sai da boca.

O filho, a luz,
uma palavra que nasce
dos joelhos, atrás
das feridas.

Dos filamentos,
uma hipótese com cem mil anos.
O aconchego das mandíbulas
ou talvez,
uma anáfora cintilante
contida
perfeita
imunda
como esta mão
que afaga a mácula
de todas as noites.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

terça-feira, 24 de maio de 2011

Então, como se toca?


- Não é correcto tocares assim nas coisas - dizia-lhe a mãe.
- Então, como se toca?
- Com menos força, agarrando menos. Não te envolvas tanto.

Gonçalo M. Tavares, Jerusalém 
Foto: Maura Sullivan