José Saramago, A jangada de pedra
quarta-feira, 27 de julho de 2011
De pedra
". . . quantas vezes aconteceu mostrarmo-nos como quem somos, e não valeu a pena, não estava lá ninguém para ver."
sábado, 23 de julho de 2011
quarta-feira, 20 de julho de 2011
"I had no anxieties about artistic failure"
Na verdade, esquecera-se da perfeita dimensão conjugativa dos verbos, e os dedos estranhavam-lhe agora as arestas da sintaxe. A escrita encolhera-se e ficara de trazer por casa, pateta e triste, fechada num amuo de limpar os cantos. Os abismos da tarde, esses, passaram a fingir-se num vestido onde por vezes lhe dançava o Verão. Era Inverno.
A parca lucidez talvez viesse da atenção excessiva dada às coisas – toda ela das coisas, nas coisas – ou então daquele calor que subitamente se abatera sobre a terra, murchando as gentes num trigo frágil.
I’ll think about that tomorrow.
Por ora, os dias seriam passados de pé, como uma árvore sem ramos subitamente habitada por um formigueiro intravenoso.
“Para quando a escuridão?”
Como se o caminho indicado pelos joelhos fosse capaz de se desdobrar numa calçada de açucenas, tão mais sonante ao redor de si mesma.
Foto: Maura Sullivan
terça-feira, 19 de julho de 2011
Because of the alarming nature of darkness
The lighting must be better protected than now. The lamps must be enclosed in a steel grid to prevent their being damaged. Lights could be eliminated, since they are never used. However, it has been observed that when the doors are shut, the load always presses hard against them as soon as darkness sets in, which makes closing the doors difficult. Also, because of the alarming nature of darkness, screaming always occurs when the doors are closed. It would therefore be useful to light the lamps before and during the first moments of the operation.
... (1942)
quarta-feira, 8 de junho de 2011
terça-feira, 24 de maio de 2011
Então, como se toca?
- Não é correcto tocares assim nas coisas - dizia-lhe a mãe.
- Então, como se toca?
- Com menos força, agarrando menos. Não te envolvas tanto.
Gonçalo M. Tavares, Jerusalém
Foto: Maura Sullivan
quinta-feira, 19 de maio de 2011
terça-feira, 17 de maio de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
your world//out of life
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segunda-feira, 18 de abril de 2011
sábado, 2 de abril de 2011
and other / escape substances
To flourish we must absorb more than we exude.
It is normal therefore for the body to perish.
But much does drip and escape from the corporeal
tissues and we use this excess to make belief and other
escape substances.
It is normal therefore for the body to perish.
But much does drip and escape from the corporeal
tissues and we use this excess to make belief and other
escape substances.
Lisa Robertson, "Notes for Temporary Horizontal Restaurants - Note 2"
quarta-feira, 30 de março de 2011
terça-feira, 22 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
Escrevo solo e digo nuvem
O rosto enfiado na terra
escrevo solo e digo nuvem.
Solo & subsolo, conluio
amoroso de asas e raízes.
O silêncio conspira,
até a viração da tarde
cessou. Já mal suspira.
Escrevo solo e o peito arde.
O rosto guardado na terra,
nada me lembra ou esquece.
Escrevo solo. Sombra
entre sombras, o dia amanhece.
Manhã de maio semeia,
não choro nem sinto.
Digo nada – acorde esvaído
num sonho indistinto.
O rosto abrigado na terra,
mal sei do lamento das folhas.
Mal sei, mal sim, mal não:
não sei onde abrigar o coração.
Carlos Felipe Moisés, “Sombra”
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